quarta-feira, 11 de abril de 2012

Filho de ex-prefeito de Conceição de Macabu teve habeas corpus negado

Com informações do Jornal Diário da Costa do Sol

A Justiça de Conceição de Macabu negou ontem o pedido de habeas corpus para o filho do ex-prefeito de Conceição de Macabu, o advogado Pedro Linhares, preso no último dia 28 de março na operação Macabu, desencadeada pela Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio. 

Por Sandra Santos

Enquanto fica mantido encarcerado em Bangu, a defesa deverá ainda essa semana impetrar novo pedido de liberdade para o advogado, dessa vez no Tribunal de Justiça do Estado. Em site de relacionamento, Pedro Linhares aparece em fotografias ostentando suas viagens ao exterior, hospedagens em hotéis de luxo e carros importados.


Na ocasião da operação, além do advogado também foram presos o ex-delegado da 122ª DP de Conceição de Macabu, Roldenyr Alves Cravo, três inspetores, um guarda municipal de Carapebus e foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Os suspeitos foram presos preventivamente após investigação de crimes como extorsões mediante sequestro, roubo, formação de quadrilha armada, extorsões e usurpação de função pública na forma qualificada seguida de sequestro.

A “Operação Macabu” ainda não foi concluída. De acordo com o Gaeco, ainda existem pontos que devem ser esclarecidos e possivelmente nomes e endereços deverão surgir, como também vítimas que ainda não formalizaram denúncia se apresentarem, complicando ainda mais a situação atual dos envolvidos.
Muitos teriam sido os delitos cometidos pelo grupo, que transformou a delegacia de Conceição de Macabu em um verdadeiro quartel do crime desde junho de 2011, quando o delegado assumiu a titularidade da DP, com apoio da sua equipe de confiança, os inspetores da Polícia Civil, Dennes Garcia Moreno Júnior, Marcos Vinicius Lopes e Claudio José Faria, além do advogado - filho do ex-prefeito de Macabu - e o guarda municipal de Carapebus, José Eduardo Santos.

Denúncia - A operação foi desencadeada a partir das investigações de um relatório que denunciava os crimes dos suspeitos. O documento elaborado pelo Promotor de Justiça de Conceição de Macabu, Ricardo Zouein, foi entregue ao procurador geral de Justiça do Estado, Claúdio Lopes, que acionou a Secretaria de Segurança Pública e o Gaeco. Nas investigações, os denunciados montaram um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas na 122ª DP (Conceição de Macabu). A quadrilha simularia a existência de ilícitos, prendendo o suposto criminoso e levando-o para a delegacia, onde o advogado – preso - pressionava as vítimas a pagar os valores exigidos, fazendo-as crer que essa era a melhor maneira, senão a única, de conseguir a liberdade. Já o guarda municipal de Carapebus fingia ser um policial civil, dirigindo um carro oficial da unidade e realizando atividades de um agente.

0 comentários:

Postar um comentário